O ano de 2020 foi marcado pela pandemia da Covid-19 que aumentou o desemprego e a crise econômica no Brasil. Mas, apesar desse cenário desfavorável, o varejo brasileiro tem mostrado resultados satisfatórios. 

De acordo com dados da NielsenIQ, no ano passado, o varejo restrito registrou alta de 1,2% em volume de vendas e 6% em receita, em comparação com o ano anterior.  

Lembrando que o varejo restrito inclui produtos alimentícios e bebidas, artigos médicos e farmacêuticos, fumo, perfumaria e cosméticos, entre outros.

Crescimento se mantém em 2021

A pandemia gerou uma grande mudança no comportamento dos consumidores brasileiros. A partir de março de 2020, quando houve a necessidade de isolamento social e fechamento do comércio, aumentou a busca por alimentos e produtos de higiene e limpeza.

Mas, comparando o volume de vendas de 2021 com o mesmo período do ano passado, é possível observar um crescimento de 2,4%, o que é uma boa notícia para os varejistas. Afinal, as previsões eram pessimistas, mas, até o momento, os resultados de 2021 têm superado as expectativas.

Boa oportunidade para o varejo regional

A diminuição da circulação de pessoas nos grandes centros comerciais devido à necessidade de ficar em casa, levou muitos consumidores a fazer compras em sua região de moradia. Assim aumentou a procura por diversos tipos de produtos em lojas de cidades pequenas.

Os consumidores passaram a valorizar mais o comércio do seu bairro, evitando o deslocamento para shoppings e outras áreas de compras com grande aglomeração de pessoas.

Profissionais em home office e estudantes na modalidade de ensino à distância, ao invés de fazer compras nos grandes centros urbanos, onde antes trabalhavam e estudavam, resolveram centralizar o consumo em sua área de residência.

Como resultado, foi observado um crescimento significativo nas vendas em pequenas e médias cidades. De fato, esse estímulo ao varejo regional chegou em bom momento.

Conforme a pesquisa da NielsenIQ, os varejistas de fora dos grandes centros urbanos tiveram uma participação importante no faturamento do varejo brasileiro. Assim sendo, foram responsáveis por mais de 63% das vendas.

E-commerce ganha força

Outro dado importante se refere às compras realizadas por meio de dispositivos móveis. Em 2020, o faturamento das lojas virtuais que comercializam produtos através de aplicativos móveis representou 52,5% das compras online, ultrapassando as de desktop.

A alta foi de 10,7 pontos percentuais em comparação com 2019. Portanto, em 2020, os varejistas de e-commerce no Brasil alcançaram a marca de R$ 87,4 bilhões de faturamento, o que significou 41% de alta em relação ao ano anterior.

Sem dúvida, o comércio eletrônico cresceu mais do que o esperado. Em 2020, as vendas online tiveram alta de 68%, gerando mais de R$ 126 bilhões de faturamento.  Nesse contexto, a navegação móvel teve um papel determinante. Agora, a expectativa é que até o fim do ano o varejo brasileiro supere esses números.