O setor de varejo testemunhou várias mudanças nos últimos anos, ainda mais com a pandemia da Covid-19. De acordo com dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), apesar de registrar oscilação de – 0,1% no final do ano passado, o setor conseguiu fechar o ano de 2021 com alta de 1,4% em comparação com 2020.

Pelo quinto ano seguido os resultados são favoráveis em termos de volume de vendas. Em 2019, o crescimento foi de 1,8%, já em 2020, 1,2%. Portanto, o resultado de 2021 se aproximou dos dois anos anteriores.

Vendas crescem, mas não empolgam

No primeiro semestre de 2021, o comércio varejista vinha crescendo, tanto que registrou 6,7%. Entretanto, no segundo semestre, sofreu uma sucessão de quedas. Já em 2020, o cenário se inverteu. No primeiro semestre houve uma queda de – 3,2% e alta de 5,1% no segundo.

Isso ocorreu porque os primeiros meses de 2020 foram marcados pelo começo da pandemia, o que resultou no fechamento do comércio por diversos meses em todo o Brasil. Porém, na metade do ano, foi possível registrar um aumento nas vendas em razão da retomada das atividades.

Setores que encerraram 2021 em queda

– Móveis e eletrodomésticos: -19,4%, fechando o ano com retração de -7,0%.

– Livros, jornais, revistas e papelaria: -9,7%, fechando o ano com retração de -16,9%.

– Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: -8,6%, fechando o ano com retração de -2.0%.

– Combustíveis e lubrificantes: -3,1%.

– Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: -2,6%, fechando o ano com retração de -2,6%.

Devido à pandemia, os consumidores anteciparam as compras, o que levou a um rápido crescimento seguido de queda. Além dessa mudança no comportamento de consumo, o setor de varejo está sofrendo com a alta do dólar e a redução do poder aquisitivo dos brasileiros.

Setores que encerraram 2021 em alta

– Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos: 3,2%.

– Tecidos, vestuário e calçados: 0,4%.

– Veículos, motos, partes e peças cresceram: 1,2%.

Varejo cresce, mas sinaliza perda de fôlego para 2022

Seguindo os indicadores disponíveis, é provável que haja um enfraquecimento do setor nestes primeiros meses de 2022. Isso porque está havendo uma pressão inflacionária sobre a renda da população, por isso a tendência é que ao longo deste ano o cenário do varejo seja de moderação ou queda. A expectativa é que haja retração ou estagnação em toda a economia.