O ano de 2020 ficará marcado na história por causa da pandemia da Covid 19. Para o varejo, foi um período de grandes desafios e inevitáveis mudanças. Devido ao fechamento do comércio em certo momento e a necessidade de isolamento social para conter a disseminação do vírus, houve um impacto profundo no comportamento do consumidor.  

Para se ter uma ideia, de acordo com pesquisas da Social Miner, empresa referência em dados de comportamento e consumo do varejo brasileiro online, em 2020, o tráfego nos e-commerces cresceu de forma significativa.

Entre março e abril o aumento foi de 48% e entre abril e maio de 34%, o que refletiu também no volume de cadastros e de vendas nas lojas virtuais. Já o período entre outubro e novembro registrou um aumento de 54% no tráfego, provavelmente estimulado pela Black Friday.

O segmento de Moda e Acessórios / Beleza / Farmácia e Saúde/ Alimentos e Supermercados, foram as categorias com maior quantidade de cadastros.

Lojas virtuais se tornaram essenciais

Com parte dos estabelecimentos fechados, o público recorreu ao comércio eletrônico. Na pesquisa “Jornada omnichannel e o futuro do varejo”, feita em parceria com o Opinion Box, a Social Miner constatou que 24% dos consumidores dividiram suas compras entre sites e lojas físicas, já 28% compraram exclusivamente online.

Em média, o desktop representou 66% do tráfego registrado nos e-commerces ao longo de 2020, contra 34% dos dispositivos móveis. O setor da Beleza foi uma das categorias de maior representatividade, registrando 17% do tráfego no comércio eletrônico.

O mesmo estudo revela também que em 2021, em torno de 52% dos consumidores pretendem comprar online e retirar em lojas físicas. Além disso, esperam poder continuar comprando em canais alternativos como WhatsApp e Instagram.

Novos consumidores

Algo que chamou a atenção no o e-commerce brasileiro em 2020 foi a entrada de novos consumidores no universo de compras online. Pessoas que antes compravam apenas em lojas físicas tiveram a experiência de comprar online pela primeira vez.

Foram mais de 20 milhões de novos consumidores, em um total de 42,9 milhões de consumidores únicos. Outro ponto que merece destaque é a frequência de compras em ambientes online, a média foi de: 7,4 compras por consumidor. Sem dúvida, um marco para o e-commerce.

Meios de pagamento

Apesar de ter ocorrido várias mudança no comportamento do consumidor, algo que não mudou foi a preferência pelo pagamento com cartão. Essa tendência se manteve entre 2019 e 2020, sendo que esse método apresentou uma queda pouco representativa, de apenas 0.2 pontos percentuais, bem como transferências que perderam 0.3 p.p de um ano para o outro.

Já as compras com boletos passaram de 32,2% para 32,7%. Mastercard liderou como a bandeira favorita dos consumidores, seguido pelo Visa. Além disso, em 2020, as pessoas optaram mais por pagamentos a vista e poucas parcelas, entre 2 e 4 vezes.

Perspectivas para 2021

Em 15 de março, Dia do Consumidor, foi possível observar um expressivo aumento na procura por produtos cosméticos, que inclui perfumes, cremes para a pele e produtos para o cabelo. Nessa época é comum as pessoas se sentirem mais encorajadas a comprar.

Agora, é importante saber como os consumidores dessas categorias pretendem comprar nos próximos meses do ano de 2021. Um estudo feito pela Social Miner em parceria com a Opinion Box, aponta que: 54% dos consumidores do setor de Beleza pretendem comprar tanto online, quanto em lojas físicas. Portanto, o mercado continuará aquecido.